Do Príncipe Philip aos herdeiros: a paixão real pelo polo que atravessa gerações
18 de novembro de 2025
Do Príncipe Philip aos herdeiros: a paixão real pelo polo que atravessa gerações
O polo é mais do que um esporte; é uma tradição consagrada que une a família real britânica há décadas.
A imagem de membros da realeza em seus uniformes de polo, elegantes e concentrados, é um retrato familiar que se tornou parte da história da monarquia. Essa tradição não surgiu do acaso, mas foi cuidadosamente cultivada e passada de pai para filho.
O pioneirismo do Príncipe Philip
A história moderna do polo na família real começa com o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em Malta, ele foi introduzido ao esporte por seu tio, o Conde Mountbatten da Birmânia.
Ao retornar à Inglaterra, Philip não apenas continuou a praticá-lo, mas se tornou um de seus maiores defensores.
Ele foi o responsável por fundar a equipe Windsor Park e, posteriormente, o renomado Guards Polo Club, transformando a região de Windsor em um verdadeiro centro do polo britânico.
Philip continuou a jogar até os 50 anos, quando a artrite o forçou a se aposentar.
Mesmo fora dos campos, seu amor pelo esporte se manifestava através de outra paixão equestre: o adestramento de carruagens.
Mas seu maior legado foi a inspiração que passou ao seu filho.
A dedicação do Rei Charles III
O Príncipe Philip presenteou seu filho, atual Rei Charles III, com um taco de polo aos 15 anos, dando início à próxima fase da dinastia real do polo. Charles se tornou um jogador dedicado, competindo por décadas e participando de jogos beneficentes que arrecadaram milhões de libras para causas sociais.
Sua dedicação o levou a viajar para vários países, incluindo o Brasil, onde jogou partidas em 1978 e 1980.
Embora sua carreira tenha sido marcada por algumas lesões, sua paixão nunca diminuiu, a ponto de descrever o polo como "a sua maior extravagância".
Em 2015, ele se aposentou, mas seu interesse permaneceu vivo, acompanhando os passos de seus próprios filhos
A nova geração: William e Harry
A tradição continuou com a próxima geração, os Príncipes William e Harry. Crescendo em meio aos cavalos e aos campos de polo, eles seguiram o exemplo do pai e se tornaram jogadores frequentes em partidas beneficentes.
Por muito tempo, as aparições conjuntas dos irmãos nos jogos de polo eram um símbolo de união, mostrando um lado mais descontraído da realeza. Hoje, mesmo após a saída de Harry de suas funções reais, a conexão com o esporte se mantém.
Harry continua a usar o polo para fins beneficentes, organizando a Copa de Polo Sentebale para sua fundação que auxilia crianças vulneráveis em países africanos.
Em 2012, a São José Polo foi anfitriã desse evento juntamente com o Príncipe Harry, realizando uma disputa entre as equipes Sentebale e St. Regis.
Uma apoiadora silenciosa: a Rainha Elizabeth II
Embora não fosse uma jogadora ativa, a Rainha Elizabeth II foi uma apoiadora constante e entusiasta do polo ao longo de sua vida.
Sua paixão por cavalos, evidente em suas atividades de equitação e criação, se estendeu ao polo.
Como patrona de clubes de polo, incluindo o Guards Polo Club, ela era uma presença regular e cativa nas partidas, frequentemente vista assistindo aos jogos com a família.
Além disso, ela concedeu a Queen's Cup, um dos troféus mais cobiçados do esporte.
Sua participação era um símbolo de apoio contínuo da Coroa à tradição.
Mais do que um esporte
Mais do que uma simples prática esportiva, o polo se tornou um fio condutor na história da família real, conectando diferentes gerações através de uma paixão compartilhada por cavalos e competição.
É uma tradição que, além de divertir, serve a propósitos maiores, como a arrecadação de fundos para a caridade.
E assim, o polo se mantém como um dos símbolos mais duradouros e elegantes da nobreza britânica.

















