Texto por Carolina França
Fazer o bem sem olhar a quem. A máxima pode até ser verdadeira, mas não se aplica totalmente quando falamos de Regina Moraes. Fundadora da ONG Velho Amigo, Regina conhece de perto cada um dos lares para idosos auxiliados pelo projeto e participa ativamente da realidade de cada um. “Não faço por um alívio de consciência, faço porque acredito”, diz.
E basta conversar um pouco com ela para ter a certeza de que o discurso não é da boca para fora. Filha de um dos empresários mais bem-sucedidos do Brasil, Regina é uma daquelas pessoas que nos fazem acreditar que o mundo pode ser um lugar melhor. Por isso sua vocação e envolvimento com o 3º setor nunca foram baseados em um capricho, e, sim, na crença de que, com muita força de vontade e uma boa dose de perseverança, é possível contribuir por uma sociedade mais justa. Com essa mesma convicção, Regina agora se lança em uma nova inicativa, chamada Retrato Social.
Nascido de uma viagem à Índia, o projeto consiste em uma plataforma de comunicação que pretende aproximar quem quer ajudar instituições idôneas, criando uma rede de relacionamentos. Nesse caso, mais do que uma instituição de caridade, trata-se de um negócio social. “Estamos no início de um trabalho ainda mais sério e, portanto, muito mais difícil”, diz. “A profissionalização das ONGs precisa ser o futuro, mas temos que ter cuidado para não perdermos a alma”.
Em se tratando de Regina Moraes, essa preocupação serve para reforçar o seu comprometimento com as causas que abraça. Reflexo de uma educação austera e sólida, em que o trabalho sempre foi a base primeira de tudo. Nascida em berço de ouro, ela poderia se preocupar mais com cabeleireiros e compras do que em fazer o bem ao próximo, que ninguém a recriminaria. Porém, não é isso que a realiza. Mãe de dois filhos e casada com o empresário Sérgio Waib, ela dispõe de seu bem mais precioso, o tempo, para se dedicar ao próximo. “Acordar cedo em um sábado para acompanhar um projeto é algo extremamente gratificante”, explica. O orgulho expresso em seus olhos ao falar dos lares apoiados pelo projeto Velho Amigo é o mesmo com que olha para o resultado da exposição fotográfica que inaugurou o Retrato Social, emocionante de ver.
